RODE
AT 12.1-19
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO
Rode significa “rosa”, em grego
(rhode). Era doméstica na casa de Maria, mãe de João Marcos (vv.12-13). Na igreja primitiva havia
gente de posses, e com escravos gregos. Marcos era primo de Barnabé, outro
irmão de posses, na igreja (Cl 4.10).
Maria e Barnabé eram parentes. Barnabé era judeu cipriota (At 4.36), nascido, então, em Chipre. A família veio de fora, para
Jerusalém. E Rode veio com ela. Assim a encontramos com os primeiros cristãos,
ex-judeus. Ela, gentia, estava com eles. Havia uma grande mobilidade das
pessoas, na época, o que facilitou a expansão do evangelho. Pensemos em um
pouco em Rode, uma cristã comum, mas como todo cristão deve ser, uma pessoa
marcante.
1. DE FORA, MAS ENTROU
Rode era gentia. Mas estava com a
igreja. Não se diz explicitamente que era convertida, mas estava com os
convertidos. Escravo não descansava, trabalhava enquanto os donos estavam
acordados. Não se diz que ela estava orando, mas ela conhecia Pedro, e sabia o
motivo das orações. É justo supor que fosse cristã. Alegrou-se em ver Pedro (v.14). A palavra grega significa
“comovida”. Era de fora, gentia, mas abraçou a fé cristã. Bom
ensino: a graça de Deus é para todos e quem a conhece deve
abraçá-la. E deve se comover com as bênçãos de Deus. Deus não faz acepção
de pessoas e escravos e crianças (gente sem valor) podem desfrutar da graça e
serem instrumentos de Deus.
2. NÃO SE ABATEU COM A DESCRENÇA
Crentes curiosos: pedem algo a Deus,
que responde, e eles não creem (vv.5,15-16).
Muitos de nós agimos assim! Rode não se deixou levar por questões racionalistas
ou teológicas, muito menos com o descrédito para com ela (v.15). Havia uma crença judaica de que cada pessoa tinha um anjo da
guarda, parecido com a pessoa. Rode não quer saber de crença popular, mas viu
que Deus responde a oração. Outro ensino: creia nas respostas de Deus. Não
diga “Que coincidência!”, nem ore descrendo. Resposta de oração não
depende de conhecimento, mas de Deus, que age como quer. Devemos crer no que
Deus faz, sem desanimar diante das pessoas.
3. SAIU DE CENA
Não se lê mais nada de Rode.
Simplesmente foi um acessório, dentro do contexto geral da revelação. Não se
tornou grande vulto pelo que aconteceu. Muitos crentes querem ser “figurões”
porque algo lhes aconteceu ou porque foram usados. Rode cumpriu seu papel.
Entrou e saiu dele. Ela não era o tema central. O fundamental no texto é que
Deus responde orações e age pelo seu povo. As pessoas são secundárias. Outro
ensino: nada de culto à personalidade. Deus não nos deve nada. Alguém
pode ser instrumento de Deus, mas a glória é dele, e não do instrumento.
CONCLUSÃO
Rode deveria ser uma adolescente, pois
os criados eram alforriados quando passavam de um tempo determinado de serviço.
Deus usa pessoas de todas as idades. Não importa a sua idade, você pode ser um
instrumento para dar boas notícias a alguém. Deus usa pessoas de todas as
camadas sociais. O rico Barnabé, a rica Maria e a escrava Rode. E outra mensagem:
a igreja é para todos, quer ricos quer pobres. Deus não faz acepção de pessoas.